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Goiás: perita criminal forjou atentado contra si mesma, afirma polícia

Káthia Magalhães, chefe da Polícia Científica em Caldas Novas, teria pedido para ex-servidor atirar nela. Mulher foi atingida no tórax

 

A Polícia Civil de Goiás anunciou neste sábado (12/3) que o atentado contra a coordenadora da Polícia Técnico-Científica de Goiás em Caldas Novas, Káthia Mendes Magalhães, foi uma farsa.

A perita criminal Káthia Mendes Magalhães, de 40 anos, teria forjado o ataque contra si mesma pedindo para que um ex-colega de trabalho atirasse nela.

Ao ser confrontada com as provas coletadas pela Polícia Civil, Kátia confessou ter planejado o ataque a si mesma e deu mais detalhes da simulação aos investigadores.

Falso atentado

Na noite de quinta-feira (10/3), ela foi atingida no tórax na altura do ombro quando estava na Rodovia GO-213, na saída de Caldas Novas para Rio Quente.

Kátia havia contado para a polícia que estava dirigindo um veículo Gol entre um supermercado e a casa dela, que fica em um condomínio às margens da rodovia.

Segundo ela, um outro veículo não identificado, de faróis apagados, teria fechado seu carro, em uma área sem iluminação pública da rodovia. Ela teria freado e desviado do carro que seguiu adiante.

A perita criminal teria então estacionado o Gol no acostamento para verificar se havia estrago na lataria de seu carro. Uma motocicleta com dois homens teria, então, se aproximado. O garupa desceu da moto e efetuou o disparo na direção de Kathia.

Conforme ela contou no boletim de ocorrência, dois outros tiros disparados teriam falhado.

Mesmo ferida, Káthia ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, por causa da demora, telefonou para o comandante do Corpo de Bombeiros.

 

Investigação

No entanto, de acordo com a Polícia Civil, a situação foi diferente. Testemunhas relataram aos policiais que foram procuradas pela perita há um mês com a proposta de forjar um atentado contra ela para facilitar sua mudança de cidade. Essas testemunhas não aceitaram cumprir o plano.

Kátia pediu então para que um ex-servidor, que trabalhou com ela durante um tempo, simulasse o atentado e atirasse nela. O ex-servidor confessou ter feito o disparo com um revólver calibre .32 que a perita entregou para ele no dia que a farsa foi colocada em prática.

Cúmplice

O ex-servidor afirmou que retornou no dia seguinte do falso atentado ao posto da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), em Caldas Novas, que era coordenado pela perita.

Ele deixou a arma em um armário usando chaves fornecidas por Kátia. O revólver foi apreendido pelas equipes da Polícia Civil no local indicado. A Polícia Civil também apreendeu os celulares da perita criminal.

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