O presidente americano Joe Biden declarou no sábado (12) ao russo Vladimir Putin que os Estados Unidos estavam prontos para o diálogo, mas também para todos “outros cenários”. Washington alerta sobre a iminencia de uma ofensiva russa na Ucrânia e pediu a seus cidadãos que deixem o país. Para a Rússia, a “histeria americana atingiu seu auge”.
De acordo acordo com a Casa Branca, durante uma conversa telefônica de uma hora, Biden novamente alertou Putin que uma invasão da Ucrânia levaria a sanções econômica “severas e rápidas” dos Estados Unidos e geraria “muito sofrimento” para a população russa. O diálogo entre os dois líderes para diminuir a escalada militar russa na fronteira com a Ucrânia é o terceiro desde dezembro.
A ligação, muito esperada, não teria trazido nenhuma “mudança fundamental na dinâmica que observamos há várias semanas” e nos esforços para acalmar a tensão no caso ucraniano, de acordo com um responsável americano. A negociação foi “profissional e rica”, afirmou a mesma fonte.
Histeria americana
Após a ligação, a Rússia denunciou o que chamou de “auge” da “histeria” dos Estados Unidos sobre as tensões relacionadas com a Ucrânia, mas assegurou que Putin e Biden concordaram em continuar dialogando para evitar um conflito.
“A histeria atingiu seu auge”, disse durante coletiva de imprensa o assessor diplomático de Putin, Yury Ushakov, em alusão aos temores expressos por Washington de uma invasão iminente da Rússia à Ucrânia.
Antes do telefonema para Biden, Putin também conversou com o presidente francês Emmanuel Macron. Segundo o Palácio do Eliseu, o líder russo não disse nada durante o telefonema que fizesse pensar que uma ofensiva era iminente. Os dois chefes de Estado consentiram em continuar com o diálogo, de acordo com um comunicado da presidência francesa.
No entanto, a Rússia começou a realizar manobras militares amplas em Belarus, na fronteira norte da Ucrânia, e no mar Negro.
Um intenso esforço diplomático foi realizado neste sábado. Além dos telefonemas entre Putin, Macron et Biden, o chefe da diplomacia americana Antony Blinken afirmou ao ministro de Relações exteriores russo Serguei Lavrov que a via diplomática continuava “aberta” para evitar um conflito, mas que para isso seria necessário uma desescalada militar de Moscou.
Com informações da AFP
